«cartas que nunca foram escritas, por uma pessoa que nunca existiu»

sábado, 4 de setembro de 2010

existe? não sei.


são mil e uma noites passadas em branco, ao som duma velha guitarra, com as cordas gastas por anos e anos de músicas acompanhadas por suspiros dum desconhecido músico. o incógnito músico , a quem eu gosto de chamar de «alucinação». não consigo dormir, os pesadelos costumam assombrar-me, mas também não necessito de dormir, não tenho sono, a minha «alucinação» acompanha-me. só há uma coisa que não compreendo, nunca compreendi. as músicas dele.. falam sobre uma coisa que parece tão real, mas que é tida como um mistério, o, amor. nunca compreendi, um homem amar uma mulher, uma mulher amar um homem, construírem uma vida juntos, viverem um para o outro. não, na minha cabeça só existe um nome para isso, e não é amor, é imaginação . neste momento, ninguém vive sem interesse, querem algo, mas não é amor. isso já deixou de existir, há muito tempo. não é que eu não acredite nele, eu acredito, mas não tenho provas suficientes sobre a sua aparente existência. agora costumo deitar estes pensamentos ao mar, quando preciso de falar de amor, falo contra o vento para engolir as palavras e ninguém as ouvir, mas um dia, quando me provarem que ele existe, (…) esse dia será outro dia, outra fase.

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