«cartas que nunca foram escritas, por uma pessoa que nunca existiu»

quarta-feira, 21 de julho de 2010

eu voei, mas voltarei!

Senti as tuas mãos quentes no meu corpo, e senti toda aquela dor que nos rodeava. «larga-a. Deixa-a voar. É a vez dela, vá, larga-a!», ouvi a voz que vinha lá do fundo daquele corredor sombrio situado entre as árvores incrivelmente altas. o teu olhar fora fugaz, mas lento o suficiente para me permitir abrir as asas. não me sinto propriamente feliz com esta nova definição, não consigo fazer a síntese desta história devido á imensidão de parágrafos e pontos finais, e as lágrimas que agora escorrem nesta face determinadamente seca são, somente, as lágrimas que, ontem consegui observar nos teus olhos celestiais, no momento em que consegui ver a tua dor perante aquele turbilhão de sentimentos/pensamentos. Eu voltarei, juro que voltarei.

sabrinacastro


este infortúnio da sorte eterna. esta resistência da má sorte aos débeis ataques das minhas forças. esta arrogância que o meu sangue frio mantém ao mundo alheio. Esta incompreensão pela parte dos impotentes ignorantes. este desejo pela posse do mundo, detido pelo remoto poder dos vossos antigos, que por sinal, não vos serve de nada. Este meu espaço que nunca será vosso, esta minha arte que nunca atingirão, este meu mundo que nunca mo arrancarão com as vossas impiedosas mãos, esta minha parte do mundo, que, como por direito atingi e não irei deste modo perde-lo. Este «eu» que nunca vencerão, esta batalha que será minha, esta guerra que será de todos nós, esta vitória que afectará os ruins, e reparará os bons. Estas palavras que nunca serão enterradas junto a mim, mas serão enterradas comigo, no meu fim, nas minhas memórias, na minha alma, no meu, futuramente, coração morto.

sabrinacastro

um tal tesouro

- num momento decisivo senti um calor abrasador apoderar-se do meu corpo, e da minha alma. senti que estava mais perto do que procuro desde sempre, e agora cá estou eu, sentada, a escrever, sem saber bem o rumo, mas com o coração aos pulos.. como não deixaria de ser, ninguém acredita, mas eu acredito, e ainda não desisti. eu vou garantir que eu mesma o encontrarei, e aí, aí sim, começou!

sabrinacastro

destiny

quantas portas forem precisas. (foto 29maio2010)
acredito no destino, e acredito nas opções, mas acima de tudo acredito na possibilidade de haver vários destinos, e podermos escolher o nosso conforme os passos que damos. serei a única? mas isso é um assunto relativo, porque as minhas decisões vão sendo tomadas, e o meu destino está a ser criado, com pincéis de tamanho diferente, com canetas diferentes, com lápis ora mais pequenos, ora maiores (mas com a mesma capacidade de, num simples traço, demonstrarem todo o caminho, e até formarem o caminho), com lápis de cera, lápis de cor, guaches ou aguarelas de cores diferentes, e folhas de espessura diferente. as fotografias vão acompanhando o meu percurso, as folhas onde escrevo descobrem todos os meus segredos, e o céu sabe tudo o que eu não sei. as lágrimas que por vezes escorrem pela cara e são confundidas com lágrimas de tristeza, são evidentemente umas simples gotas de água que transportam muitas das minhas alegrias até ao sorriso dos meus doces lábios salgados. o sol que outrora me queimou a pele, agora acompanha-me de modo distante, o sangue que voltará a verter não me assusta porque será durante as minhas lutas, onde, lutarei pela vitória, e alcançarei os meus objectivos. não tenho medo de perder porque atrás duma derrota está escondida uma nova luta, onde sairei vitoriosa. quando ganho não ganho por ter medo de perder, mas sim por querer ganhar. já lancei os dados ao ar, e lançarei quantas vezes forem necessárias até ter os números que quero, já joguei muitas das cartas do baralho, mas os trunfos ainda cá estão, não vou apostar porque seria falta de dignidade, visto que sei as respostas que tu não sabes, mas ajudar-te-ei a apostar contra os outros, os maus da fita. ainda não me cansei de lutar, e já foram muitas as lutas que travei, as lutas que venci, e as lutas onde quase perdi, e até mesmo as lutas onde me derrotaram, mas continuo de pé, porque a verdadeira vitória está cá dentro, e eu venci, para mim venci.

sabrinacastro