«cartas que nunca foram escritas, por uma pessoa que nunca existiu»

quinta-feira, 13 de maio de 2010

crueldade? não sei.



O amor enreda-nos em dúvidas e incertezas, acabei por não saber quando devia parar, e agora sinto-me perdida nestas manhas da vida, sem sinal do tal paraíso que julgava existir. Sei decore o nome do vento, todos os seus encantos, e são muitos, e até demasiados por vezes, os segredos que sei através dele, todas as palavras ditas ao serão, mas estes simples momentos, palavras, sorrisos, são comprometidos com eles, são somente mais coisas que não me pertencem, nem em sonhos. Quem ama acredita, e eu, tal como amei, acreditei demasiado, e agora aqui estou eu, escrava de uma vida ruim, mas ao mesmo tempo tão diversificada, alegre e contagiante que dá vontade de saltar para o próximo capitulo desta história alucinante de tão confiante que estou, mas tudo isto não passa de uma reles mentira da vida, o tempo que me pertencia foi roubado, e, começou agora a lenda da minha vida. Agora, as minhas únicas companheiras são as memórias de outra vida, onde eu fora realmente feliz, e não o fingira simplesmente ser, naquele tempo eu podia dizer que era verdadeiramente feliz e não um simples absurdo de pessoa no meio de toda a falsidade deste mundo de ignorantes, mas esse tempo, essa vida, aquelas promessas de eternidade, aquele pacto de sangue, foram simplesmente destruídos com um simples sopro do teu egoímo, e um simples afago da minha ingenuídade, com a junção do teu coração ao meu. Naquela altura ouvi o som do adeus, e agora posso ouvir o som da porta do fim a rebater-se contra o chão já gasto por anos de existência e pelas lágrimas que, quem por ela passava ia perdendo, posso ver a porta a abrir-se, para mim. O reinado do silêncio foi teoricamente destruído pelo cair da chuva. O fim, esse está á distância de um passo, se vai ser bom ou mau? não sei.

sabrinacastro

sábado, 8 de maio de 2010

amar, mais um absurdo.


Crescemos a ouvir histórias de amor, acompanhadas da lenda do «(...) e foram felizes para sempre.», e se assim fosse, magnifico! queremos ouvir música e elas tagarelam segredos de amor. Vemos uma série, um filme, uma novela, e o enredo acaba por se basear no amor. vivemos insensatamente á procura do amor, porque sabemos que, por vezes, só ele dá sentido á vida. O amor. o amor é a moeda de troca sentimental, e é o que queremos, e podemos comprar com ele mesmo. E o coração bate mais forte, cada vez mais forte, e a voz rouca, cada vez mais rouca, a palavra «amor» torna-se irreconhecivel, a frase fica desfocada aos meus e aos vossos ouvidos, a coragem diminui pouco a pouco, a voz continua a fraquejar, a falhar, o tempo continua a contar, e o amor não pára, não estaca, lá vai ele pela viela fora, com um sorriso, ora verdadeiro, ora sínico. e agora pergunto, quem será a próxima vítima do amor?


sabrinacastro